segunda-feira, 5 de abril de 2010

LIÇÃO Nº 3: PARTICIPANDO DAS AFLIÇÕES DOS IRMÃOS





Texto básico: Mt. 25.37-40

Então os justos lhes responderão: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te colhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos de visitar? O Rei responderá: Digo-lhes a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram.

Texto para decorar: Mt. 25.40

O Rei responderá: Digo-lhes a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram.

Introdução:

Vivemos um tempo em que catástrofes naturais têm causado sensíveis e terríveis abalos. Pessoas morrem em decorrência de chuvas, desmoronamentos, terremotos, “tsunamis”, furacões, entre outros fenômenos. Isso tanto no Brasil como em outros lugares do mundo.

Após tragédias deste tipo, entram em ação instituições de natureza pública e privada, no sentido de prestar auxílio àqueles que perderam parentes e amigos, além de suas casas e bens. Por vezes, há dificuldade para se obter água e alimentos. Então estas instituições procuram amenizar as consequências maléficas sofridas, providenciando alimentos, vestuário, abrigo e tratamento médico.

Contudo, geralmente, é pouco. Então se iniciam movimentos de solidariedade. Cantores, artistas e políticos participam e incentivam a realização de programas que visam à arrecadação de alimentos para os desamparados de determinada tragédia. ONGs são imediatamente criadas com o objetivo de angariar recursos aos aflitos. E as pessoas contribuem. Com pouco ou com muito, na medida de sua sensibilidade, vontade e disponibilidade.

Este é, ainda, um resquício pequeno, mas evidente, de que há alguma forma de bondade no ser humano pecador.

Desenvolvimento:

Contudo, dentro da Igreja vivemos uma realidade bastante distorcida daquilo que tanto estudamos e ensinamos. Eventualmente, há pessoas dentro da Igreja, NOSSOS IRMÃOS EM CRISTO, que estão passando por sérias dificuldades, inclusive para obter alimento, e não há, dentro da Igreja, a devida prestação.

Discuta um pouco com os irmãos presentes nesta reunião, acerca do motivo de situações como esta ocorrerem dentro da Igreja.

É quase paradoxal (contraditório): o mundo pecador presta auxílio para pessoas em dificuldades que nem conhecem. Pessoas que moram em outro continente. Mas, mesmo assim, encontram-se formas de fornecer-lhes mantimentos, vestimentas, água, etc.

Contudo, para o meu irmão que está passando por sérias dificuldades, que, ao menos uma vez por semana, está pertinho de mim, cantando e lendo a bíblia ao meu lado, não faço o menor gesto de solidariedade. Que tipo de Cristianismo é este, onde a Igreja (ou seja, os membros, crentes em Cristo) não se dispõe a distribuir o pão aos próprios necessitados?

Jesus coloca este assunto numa profundidade estonteante. Veja o que Ele diz em Mt. 5.35-40. Jesus ensina que quando estivermos diante do Seu Trono, serão separados os bodes das ovelhas. As ovelhas serão identificadas como aquelas que deram comida, água e roupa para Jesus. Mas as pessoas não entenderão, porque nunca nem haviam estado fisicamente perto de Cristo. Ele, então, responderá: “Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram” (v. 40).

Ou seja, quando a Igreja, por seus membros, estiver fornecendo o pão àquele irmãozinho que não o tem, é como se estivesse fornecendo o pão para o próprio Senhor Jesus Cristo. Veja o nível em que Cristo coloca a prestação de auxílio.

Para pensar:

Diante do texto lido (Mt. 25.37-40) e tendo em conta, também, a forma como se comportava a igreja primitiva (Atos 2.46-47), a prestação de auxílio aos irmãos necessitados é opcional (participa quem quiser) ou se trata de uma atividade que o crente (a Igreja) deve praticar? Discuta isso com seu grupo.

Agora o ponto que se encontra com o objetivo da Unidade: a ajuda aos irmãos carentes é fundamental para o crescimento da Igreja?

Obviamente que SIM. Aliás, se considerarmos os textos bíblicos lidos, verificaremos que aqueles que não se importam com as dificuldades do seu irmão ainda não entenderam a forma como deve servir a Deus. Além disso, a reunião de pessoas que buscam louvar a Deus, mas que se portam com total indiferença quanto ao fato de alguns irmãos estarem passando necessidades (inclusive fome), está muito longe do conceito bíblico de Igreja. Pode até ter nome de igreja, mas não se encaixa no modelo de Igreja ensinado no Novo Testamento.

Ações Práticas:

Os cultos dominicais não são o meio mais fácil de identificar crentes em dificuldades. Aliás, mais de uma vez soube, tempo depois, de irmãos em seríssimas dificuldades, isso significa sem ter o que comer direito (e muito menos dinheiro para passagem: para ir à igreja fazia um longo percurso a pé e à noite), mas que louvavam e cantavam com o mesmo sorriso de que recém tinha tomado um delicioso café da tarde com torradas, bolachas e frios. Então, apenas no culto não é possível saber quem e quantos estão dificuldades. Assim, o que fazer?

1º. Caixinha do quilo. É um Ministério de nossa igreja que já funciona. Não é necessário, muitas vezes, saber quem está sendo beneficiado com os donativos, apenas que são dirigidos a pessoas necessitadas. O importante é saber que a sua ajuda estão sendo bem utilizada. Que “a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, de forma que presta a sua ajuda em segredo” (Mt. 6.3-4).

2º. Participe das reuniões de pequenos grupos. As pessoas não gostam de andar com uma plaquinha: “Não tenho o que comer”. Pelo menos dentro da Igreja. Para se saber quem está em dificuldade, as reuniões em pequenos grupos são mais apropriadas. Ali, no aconchego do amor e da proximidade, os irmãos sentem-se à vontade para contar suas dificuldades. Então é ali começa a tarefa: saber quem está em dificuldade. Depois. Contribua. Procure o Ministério de Comunhão e pergunte se a pessoa já está recebendo o auxílio do quilo. Independente da resposta e mesmo que você já esteja contribuindo para o quilo, faça uma contribuição especial para o irmão necessitado. Se houve dúvidas sobre situações de constrangimento, dê sua oferta ao Ministério de Comunhão que ela chegará ao destinatário. Ou, senão, dê discretamente sua oferta: no momento de apertar a mão da pessoa, lhe entregue o dinheiro. Ela entenderá. Somente vocês e Deus saberão (Oh Glória!). Ainda: caso você não tenha disponibilidade de recursos, fale com outros irmãos e juntos, prestem uma oferta especial. É uma forma de abençoar a outros com a oportunidade de contribuir.

3º. Por vezes, a necessidade não precisa ser suprida com dinheiro, mas com mantimentos. Então, porque não fazer um “ranchinho” e entregar. As mesmas dicas sobre discrição e participação de outros irmãos, citadas no item anterior, também valem aqui.

Conclusão:

Sendo bem direto: em Igreja de verdade, crente não deixa crente passar necessidade. Além disso, a prestação de auxílio ao próximo é:
a) como se estivesse prestando auxílio ao próprio Senhor Jesus Cristo e b) é uma linda forma de Louvar a Deus, abençoando ao próximo e sendo, ao mesmo tempo, abençoado.

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